Terremoto em Santorini: abalos sísmicos são comuns na ilha?

Nos últimos três dias, mais de 500 terremotos foram registrados no Mar Egeu. Os tremores com magnitudes entre 3,0 e 5,0 levaram cerca de nove mil pessoas a deixarem Santorini. A ilha é um dos principais destinos turísticos da Grécia, mas como fevereiro é baixa temporada, a maioria das pessoas que embarcou em voos e ferries em direção ao continente é morador local: Santorini possui uma população de cerca de 15.500 habitantes.

Por enquanto, não foram registrados danos severos na ilha: não há relatos de desabamentos, apenas de rachaduras em estruturas mais antigas. Ainda assim, as autoridades locais estão adotando medidas preventivas para o caso de um terremoto maior. A recomendação é manter-se longe de construções antigas, áreas onde deslizamentos de terra podem acontecer e grandes reuniões em espaços fechados (como igrejas ou salas de aula). Os hotéis também foram instruídos a esvaziar piscinas, já que grandes volumes de águas podem desestabilizar estruturas.

Santorini faz parte do chamado Arco Vulcânico Helênico, um conjunto de ilhas criadas a partir de atividade vulcânica, cuja última erupção foi registrada na década de 1950. Mas os especialistas descartam que os tremores recentes estejam relacionados aos vulcões.

Essa região é uma das mais ativas da Europa em movimentação de placas tectônicas, com mais de 100 mil terremotos registrados nos últimos 400 mil anos. Ou seja: os abalos sísmicos são relativamente comuns em Santorini e nas ilhas vizinhas de Ios, Amorgos e Anafi, mas a frequência dos tremores nos últimos dias é realmente atípica.

A Organização de Planejamento e Proteção contra Terremotos da Grécia (OASP) estima que a atividade sísmica na região do Mar Egeu pode continuar por muitos dias e até semanas, no que está sendo considerado um “fenômeno geológico muito intenso”.

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