Temporal deixa dez cidades de SC em emergência e pressiona autoridades | Maquiavel

Temporal deixa dez cidades de SC em emergência e pressiona autoridades | Maquiavel

Imagem de câmera de segurança mostra Florianópolis alagada – (X/ @amanda_miranda/Reprodução)

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As chuvas que atingiram o estado de Santa Catarina desde quinta-feira, 16, resultaram no decreto de estado de emergência em dez cidades. Além de Balneário Camboriú, primeiro município a decretar a situação emergencial, Camboriú, Porto Belo, Ilhota, Governador Celso Ramos, Tijucas, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis também publicaram decretos. Um pescador morreu arrastado pela correnteza em Governador Celso Ramos.

Segundo a Defesa Civil, até o momento, 781 pessoas estão desabrigadas e 104 desalojadas. Nas últimas 24 horas, o volume acumulado de chuva em Biguaçu chegou a 391 milímetros, em Florianópolis foram 344 milímetros e em Tijucas, 325 milímetros. Na capital, a SC-401, uma das principais vias de acesso, foi bloqueada por mais de 15 horas e provocou um congestionamento de até 16 quilômetros. A prefeitura usou caminhões de hidrojato para ajudar na drenagem.

Governador Celso Ramos é um dos locais mais atingidos, além de ser a cidade onde uma morte foi registrada — dezesseis bairros estão comprometidos. O quartel do Corpo de Bombeiros da cidade desabou, o que aumentou a dificuldade de atendimento na região. A Defesa Civil informou que as quedas de muros e árvores isolaram comunidades, em especial de pescadores.

😱

As fortes chuvas que caíram sobre o município catarinense de Governador Celso Ramos derrubaram o quartel do Corpo de Bombeiros de SC, nesta quinta-feira (16/1). pic.twitter.com/x5tVg6l16N

— Eliana Lima (@elianalima) January 16, 2025

O governador Jorginho Mello (PL) assinou um decreto para o trabalho remoto dos servidores do estado nesta sexta-feira, 17. “Ainda vai ter muita chuva acumulada, áreas que não conseguiram dar vazão, por isso nós queremos, de forma responsável, permitir que as pessoas continuem fazendo o trabalho remoto para evitar congestionamentos e um transtorno maior”, disse.

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Autoridades sob pressão

Nas redes sociais, muitas publicações criticam o governador Jorginho Mello e o prefeito Topázio Neto (PSD), de Florianópolis. Os moradores dizem que os alertas das autoridades foram tardios, quando boa parte das cidades já estava alagada. As críticas se misturam a declarações recentes de Mello, que elogiou a cor de pele de moradores de Pomerode, cidade em que 83% dos moradores são brancos, e de Neto, que justificou uma virose no litoral no consumo de queijo coalho.

🚨TRAGÉDIA EM SC🚨

O @inmet_ emitiu alerta de grande perigo para o Santa Catarina e Florianópolis.
Os 4 radares meteorológicos da Capital não previram nada, @TopazioNeto?
O Governador @jorginhomello ensaiou fala de cunho racista, mas não planejou nenhuma medida de segurança? pic.twitter.com/iXN9U2jxKm

— Rodrigo dos Reis (@_RodrigodosReis) January 16, 2025

A Defesa Civil explicou, em nota, que as chuvas são potencializadas por uma circulação marítima, ventos úmidos que vêm do mar e contribuíram para alta quantidade de água. Eles admitem, porém, que há dificuldade em precisar o volume da chuva. “A configuração geográfica local é bastante específica, o que dificulta a estimativa dos volumes de chuva pelos modelos de previsão do tempo”, diz.

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obrigado prefeitura de Florianópolis e topázio Neto 🙏🙏🙏🙏 cidade referência máxima de má gestão de águas pluviais https://t.co/PG2Olpd3Gl

— éric (@ericzinhos) January 16, 2025

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