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O Hospital Israelita Albert Einstein, localizado na capital paulista, anunciou nesta quinta-feira, 20, a inauguração de sua primeira unidade de saúde mental e bem-estar, que terá como foco atendimento de transtornos como ansiedade, depressão e autismo, além de aplicação de medicamentos e validação de tratamentos. A expectativa é de que sejam realizados 70 mil atendimentos neste ano.
Localizado no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, o espaço tem uma área de 1.400 m² e conta com uma equipe formada não só por psicólogos e psiquiatras, mas também por nutricionistas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros com experiência em pacientes que lidam com questões relacionadas à saúde mental.
“A proposta é de fazer não só o cuidado ambulatorial, mas um tratamento estratificado. Uma pessoa com dependência em cocaína, será atendida em um núcleo para dependência química. Se luta contra a ludopatia, como o vício em bets que tem levado famílias à falência, receberá atendimento para controle do impulso”, explica o psiquiatra Luiz Zoldan, gerente médico do Espaço Einstein Bem-Estar e Saúde Mental.
O projeto considera o cenário de aumento de pacientes, inclusive por influência da pandemia de covid-19 e seus sintomas tardios, caso da ansiedade, crescimento do diagnóstico de transtornos e também a necessidade de acabar com o estigma que faz com que as pessoas não compartilhem seu sofrimento e deixem de receber o tratamento adequado.
“O atendimento dos casos de saúde mental vem aumentando. E estamos vendo isso também no serviço público nos quatro Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e hospitais que o Einstein administra. Em 2017, foram mais de 5 mil atendimentos e, no ano passado, foram 10.400 atendimentos hospitalares”, diz Sidney Klajner, presidente do Einstein.
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De acordo com dados do ano passado da pesquisa Covitel, inquérito nacional que mensura fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, 56 milhões de brasileiros (26,8%) enfrentam transtorno psíquico em algum grau.
Tratamentos e estudos
Alguns tratamentos na área de psiquiatria precisam ser realizados em ambientes controlados, caso da eletroconvulsoterapia, estimulação magnética transcraniana e administração de medicamentos endovenosos, como a quetamina. Isso será ofertado no novo espaço sem perder de vista que o tratamento envolve outras questões, com o acolhimento.
“As nossas linhas de cuidado se baseiam em modelos internacionais. A pesquisa é muito inovadora e temos de olhar para novas tecnologias, mas vamos abordar a questão familiar e ter um treinamento parental na unidade”, afirma Zoldan.
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Outra frente será a realização de estudos. “Temos interesse e capacidade para a realização de protocolos clínicos para uso de novos medicamentos que ainda não são aprovados no Brasil, além de validações de novas tecnologias que apoiem diagnósticos e tratamentos”, diz o psiquiatra. “Infelizmente, em transtornos mentais, os tratamentos ainda têm baixa eficácia”, completa.
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