Casa Fashion Por quê não adotar calças para compor o visual do casório?

Por quê não adotar calças para compor o visual do casório?

por Patricia Favalle
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Foto: Isabel Sanchis

Por Patrícia Favalle

As calças podem e devem ser consideradas uma espécie de ícone feminista. Isso porque a peça esteve longe dos closets das mulheres ocidentais por séculos e só teve trânsito liberado depois da Segunda Guerra Mundial, quando os postos de trabalho nas fábricas precisaram ser ocupados pelas esposas, viúvas ou namoradas dos combatentes. Embora algumas atrizes já adotassem o visual com calças compridas, a exemplo de Marlene Dietrich e de Katharine Hepburn, a sociedade mantinha o ar contrário ao código de vestimenta, considerando-o masculinizado e pouco atraente.

Mas antes de seguir adiante com a revolução de costumes, é importante voltar um pouquinho no tempo para lembrar que o primeiro a bater de frente contra os conservadores foi o estilista francês Paul Poiret que, em 1909, apresentou a “calça odalisca”. O modelo ajustado nos tornozelos e volumoso nas pernas, feito com tecidos leves, seguia o caimento dos itens consumidos no Oriente e modernizava as “bloomers”, inventadas pela ativista e advogada norte-americana Elizabeth Smith Miller (1822-1911), que foi uma das vozes mais potentes contra a indumentária sufocante da era vitoriana (com espartilhos e muitas camadas de saias) – e que foi copiada pela jornalista Amelia Bloomer, dona do periódico “The Lily”.

A trend, contudo, teve as mãos da conterrânea de Poiret, Coco Chanel. Foi a mademoiselle quem inseriu de vez as calças no look feminino, e o fez com elegância de dar inveja. André Courrèges, um dos tios da minissaia criada por Mary Quant, tramou dezenas de coleções colocando as calças no posto de protagonistas. Estava feita a transição de estilo – e das passarelas para as ruas foram alguns pulinhos. Depois de inserida no cotidiano das femmes modernas, faltava apenas conquistar o direito de subir ao altar a bordo de um look superconfortável.

Estilosos, elegantes, impactantes e autênticos, os ternos feitos para noivas têm shapes sensuais e marcados, decotes profundos e coloridos que vão na contramão do básico. Nas passarelas da alta-costura, Giorgio Armani Privé brilhou com conjuntos pontuados por tons de dourados, com paletós alongados e calças soltinhas. Elie Saab preferiu navegar pela calmaria do branco universal, com modelagem retilínea e chique. Já Isabel Sanchis reconfigurou o blazer transpassado e salpicou acessórios pretos ao visual. Na onda dos geométricos, Alexis Mabille trouxe um terno-vestido, com delineado na cintura e tom mais prateado. Completa o select Nina Ricci, que, literalmente, pegou o terno do guarda-roupas do futuro marido, deu uma boa enxugada nas medidas e tingiu tudo de pérola acetinado para fazer a noivinha mudar o foco do “sim”.

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