Casa Fashion Pharrell e Nigo se juntam para criar o fabuloso inverno 2025 da Louis Vuitton

Pharrell e Nigo se juntam para criar o fabuloso inverno 2025 da Louis Vuitton

por Guilherme de Beauharnais
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Diga-me com quem andas e te direi quem és. Para Pharrell, o ditado é mais que verdadeiro. Enquanto a moda tem fetiche por esconderijos preciosos, o estilista, que assumiu a Louis Vuitton em 2023, prefere o perfume da vida pública. Na geração atual das grandes maisons, ele é um dos poucos maestros na arte da urbanidade – e faz até passeios pela rua parecerem naturais de novo. Para citar outro na orquestra, o japonês NIGO, no comando da Kenzo desde 2021, também entende o ritmo; e foi natural, depois do show, que os dois amigos de mais duas décadas tenham saído juntos na passarela (uma instalação esférica assinada pela empresa japonesa Wonderwall).

No desfile, o streetwear caminhou atualizado, mas deu para respirar nostalgia. Pharrell e NIGO, afinal, já colaboraram com a LV em 2004, quando criaram uma cápsula de óculos de sol. Agora, seguem celebrando memórias, em grande maioria resgatadas dos mesmos anos 2000. Agasalhos, conjuntos de veludo, parkas e bonés deixam tudo isso claro, mas não resumem a coleção que propõe, em paralelo, diálogos entre o dandismo e o workwear. Desse último, NIGO é expert e guarda, em Tóquio, uma coleção com mais de 10.000 peças de moda urbana e operária japonesa do século passado. Para quem não teve paciência de rodar a passarela no fim do desfile e ver algumas delas expostas em vitrines, pode conferir tudo em joopiter.com.

No assunto estilo, Pharrell parece mais calmo: há menos brilho, menos cowboys e mais atenção aos detalhes. Novas padronagens, monogramas e estampas (do clássico Damier às camuflagens queridinhas do designers) surgem criadas com técnicas de costura japonesas para evocar a estética de cerimônias de chá e as famosas flores de cerejeira cor-de-rosa, às vezes cristalizadas como se molhadas de orvalho. E se restam dúvidas da simbiose da dupla, acessórios decorados com o rosto de ambos os estilistas ou bordados em japonês são testemunha da colaboração.

Em último destaque superficial, Bernard Arnault, o magnata da LVMH, viu tudo da primeira fila! Parece óbvio (e é), mas para quem estava ontem na quarta fileira da posse presidencial de Donald Trump, é um upgrade considerável.

Veja os detalhes do desfile na galeria:

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