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Com três indicações ao Oscar 2025, o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, se tornou assunto constante e motivo de orgulho para os brasileiros. As câmeras do longa estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello percorreram 16 bairros do Rio de Janeiro para recriar o Brasil durante a ditadura militar, na década de 1970.
Com o sucesso do filme, os lugares por onde o elenco passou se tornaram pontos turísticos para fãs. Além dos cenários fictícios, endereços que fazem parte da história real de prisão e morte de Rubens Paiva e da luta de Eunice Paiva contra a ditadura também estão sendo mais visitados.
Confira endereços para conhecer a história de Ainda Estou Aqui:
1. Café Manon
A tradicional confeitaria, no centro do Rio de Janeiro, é o cenário de duas sequências emblemáticas no filme. Primeiro, quando Eunice e Rubens Paiva se divertem com os filhos e depois, após o desaparecimento do ex-deputado, em um momento emocionante quando Eunice observa as famílias ao redor sabendo que o marido não voltará.
O Café Manon foi aberto em 1942 por uma família portuguesa, o que justifica a escolha da decoração do salão principal: o espaço remonta o navio Serpa, que fazia a travessia entre Lisboa e Buenos Aires com escala no Rio, entre 1940 e 1955. Agora, a clientela cativa divide espaço com os fãs curiosos.
Além da decoração art-déco do espaço, a confeitaria é famosa pelo doce madrilenho, um pão que leva creme, açúcar de confeiteiro e goiabada. O status de ícone do centro carioca foi reforçado em 1993, quando o local foi tombado como patrimônio histórico.
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Onde? Rua do Ouvidor, 187/189, Centro – Rio de Janeiro.
Quando? De segunda a sexta-feira, das 7h às 20h30, e aos sábados, das 8h às 16h.
2. Casa da família Paiva
A casa original, na Avenida Delfim Moreira, no Leblon, foi demolida para dar lugar a um edifício na década de 1980. A semelhança com a residência de 600 m² no número 7 da Rua Roquete Pinto, no bairro da Urca, fez com ela fosse escolhida para o filme. O imóvel está à venda por US$ 3 milhões. Saiba mais sobre a casa aqui.
Onde? Rua Roquete Pinto, 7, Urca – Rio de Janeiro.
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3. Instituto Municipal Nise da Silveira
O prédio simula o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) para a gravação das cenas de prisão e interrogatório de Eunice Paiva e tortura dos presos políticos.
O edifício real onde Rubens Paiva foi torturado até a morte está na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, e hoje abriga o 1º Batalhão de Polícia do Exército. Há um processo em tramitação no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para tombamento do prédio desde 2013.
A expectativa é que o prédio seja enfim tombado em 2025 e se transforme em um centro de memória contra a ditadura, como ocorreu com o Deops, atual Memorial da Resistência, em São Paulo.
Onde? R. Ramiro Magalhães, 521, Engenho de Dentro – Rio de Janeiro.
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4. Busto de Rubens Paiva
Em 2014, o Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro inaugurou um busto de Rubens Paiva em frente ao atual 1º Batalhão de Polícia do Exército, no bairro da Tijuca, onde o ex-deputado foi torturado e morto em janeiro de 1971, quando o local abrigava o DOI-Codi. O sucesso de bilheteria de Ainda Estou Aqui motivou os moradores da região a pedirem para que a escultura criada por Edgar Duvivier passe por revitalização, pois está manchada.
Onde? Praça Lamartine Babo, Tijuca – Rio de Janeiro.
5. Túmulo de Eunice Paiva
Eunice Paiva faleceu em 13 de dezembro de 2018, após lutar contra a Doença de Alzheimer por 14 anos, e foi sepultada em uma capela azul no Cemitério do Araçá, em São Paulo. A lápide lembra que a advogada foi “exemplo para a família e para a democracia brasileira”.
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O túmulo não aparece no filme, mas como a história está centrada na luta de Eunice Paiva contra a ditadura militar, o jazigo tem recebido mais visitas, especialmente após Fernanda Torres postá-lo em seu Instagram.
As visitas guiadas que ocorrem ao Cemitério do Araçá agora incluem uma parada à sepultura da advogada, como o tour gratuito do projeto O Que Te Assombra?. O próximo passeio acontece no dia 16 de fevereiro, domingo, com reserva de ingressos pelo site.
Onde? Av. Dr. Arnaldo, 666, Cerqueira César – São Paulo.
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