San Blas: o arquipélago caribenho administrado por indígenas no Panamá

O Panamá costuma ser uma ponte aérea para diversos destinos no exterior por causa da sua localização estratégica na América Central. Mas o estreito país banhado por dois oceanos tem atrações suficientes para ser encarado como um destino final – ou pelo menos como uma parada de mais de um dia.

Um dos pontos mais interessantes do Panamá é o arquipélago de San Blas –  também conhecido por Guna Yala ou Kuna Yala, nome oficial utilizado pelos locais – na costa atlântica do país.

Conheça San Blas

Os indígenas da etnia Guna administram as mais de 360 ilhas – algumas são do tamanho de um campo de futebol – e mantêm suas regras. Não há resorts estrangeiros nem badalação. Cerca de 50 das ilhas do arquipélago são habitadas.

As pousadas são rústicas: de bambu ou madeira, oferecendo banho com água salobra, sem TV ou internet. Além da pesca e da agricultura, a comunidade é conhecida por comercializar roupas e artesanatos. Os tecidos estampados vendidos vendidos em Guna Yala são únicos e típicos do local.

A atração principal fica por conta do mar azul-turquesa do Caribe, com uma temperatura da água que oscila de 27 a 30ºC. O luxo é natureza conservada pelos indígenas, que lutaram para manter as ilhas com as suas tradições e longe da pasteurização dos grandes hotéis e complexos comerciais para atrair turistas. 

@mafe.eatstravels

SAN BLAS, PANAMÁ 🇵🇦 Sin duda una de las playas mas lindas en las que he estado 😍 #mafeeatspanama #sanblas #sanblaspanama #visitpanama #panamatravel

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Como chegar ao arquipélago

Há opção de alugar um veleiro e ir parando nas ilhas. As águas calmas e transparentes são um convite para mergulhos e prática do snorkeling. As Ilhas Perro, Estrella, Aguja, Coco Blanco e Diablo são algumas das preferidas. Já as ilhas Cayo Holandeses são inabitadas, mas vale passar por elas durante um passeio de veleiro. Têm areia fina e branca e coqueiros à beira-mar. 

Mas chegar até o arquipélago não é fácil. A dificuldade fica por conta do trajeto. A Cidade do Panamá fica na costa do Pacífico, e é preciso cruzar o país para chegar às ilhas, cuja porta de entrada é Kuna Yala. A viagem não é demorada: são 100 quilômetros que separam uma costa da outra, mas o caminho é recheado de curvas e morros. Apesar da paisagem, rica em florestas conservadas, muitos passageiros costumam enjoar. É possível fazer o trajeto com carro alugado, mas o ideal é fazer com uma agência.

Depois é preciso pegar um pequeno barco até as ilhas. Não esqueça do passaporte: o arquipélago é como uma região autônoma dentro do país, e é preciso apresentá-lo na entrada e pagar uma taxa de cerca de 20 dólares.

Os hotéis na Cidade do Panamá costumam indicar agências e motoristas que levam e trazem os turistas diariamente – é possível fazer um bate-e-volta. Lá há diversas opções de cabanas, alugadas em dinheiro diretamente com os Gunas. Há também restaurantes igualmente rústicos, cuja atração são os pratos de frutos do mar e frutas locais. De lembrança, é possível levar para casa objetos ou algumas peças do artesanato multicolorido indígena. 

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